quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Stronger than yesterday.


Não sei bem como começar, na verdade não sei nem se preciso desabafar. Estou bem.
Hoje tive a infelicidade de ver um homem por quem meus olhos nunca param de brilhar, beijando outra garota... a parte ruim, é que eu a acho muito simpática, a parte pior é que ela é linda!
Mas eu tinha tantos amigos ao lado para dar risada da situação, que eu esqueci de me importar com a cena.
Não vou negar que prestei atenção ao que estava acontecendo. Olhei aquilo com outros olhos...
Olhos de tristeza? Não, dessa vez eu não derrubei uma lágrima.
Olhos de desprezo? Não é para tanto...

Foi quase um olhar crítico.
Uma roda de amigos em frente ao boteco de sempre. O rapaz diz que vai ao banheiro e vai buscar uma cerveja. Entra no boteco. Um minuto depois, a garota diz a um rapaz da roda (que gosta dela, coitado), que iria ao banheiro e já voltaria. Entra no boteco. 5 minutos se passam e nenhum sinal dos dois. Dois amigos vão ao banheiro. Voltam. E nem sinal dos dois primeiros (ah sim, é uma cabine para cada sexo). Se tivesse um chuveiro no banheiro, eu poderia crer que estavam tomando banho. Voltaram e sem a cerveja prometida. Que pecado!

No terminal rodoviário, acontecem as despedidas. Todos vão em direção ao metrô, e eu e o rapaz vamos em direção ao terminal de ônibus. Mas o rapaz estava ocupado... fui embora. Talvez ele diga a ela a mesma coisa que disse pra mim ontem, que não poderia mais ficar com ninguém ali, pois seu cunhado utiliza aquele mesmo caminho para voltar pra casa.

No ônibus, ouvi a música mais melancólica do momento que estava tocando no rádio, e não houve diferença nenhuma. Comecei a pensar... Um homem comprometido, que abre seu catálogo e escolhe "qual será que eu vou beijar hoje?", que precisa fazer as coisas como se estivesse se escondendo da polícia. No começo é muito divertido "uau, quanta adrenalina". Mas agora.... na boa, eu consigo coisa bem melhor que isso. Esse tipo de situação não combina com a mulher que está nascendo dentro de mim. Prefiro esperar encontrar alguém solteiro que não precise se esconder para ficar comigo.

Andei pela rua tão orgulhosa de mim, que provavelmente eu vou esquecer de passar pelo boteco para cumprimentá-lo amanhã... puxa, que relapso, não? Estou tão triste por isso...

Os sentidos, sentirão :)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fantasmas do Passado


(As duas primeiras linhas foram escritas no dia 23 de Novembro de 2011, somente dia, 31 de Janeiro de 2012, me pareceu conveniente continuar, e hoje, 06 de Fevereiro, eu consegui dar um ponto final.)


Há inúmeras vantagens e desvantagens em conhecer várias pessoas. Eu, extrovertida que sempre fui, conheço pessoas de todos os jeitos e de todas as vidas possíveis. Tenho conhecidos mais velhos, mais novos, homens, mulheres, gays, com filhos, sem filhos, casados, solteiros, adúlteros... O problema, é que quando se tem uma grande quantidade de frutas, fica difícil saber quais estão estragadas e quais não estão, tem que olhar uma por uma, cheirar, apertar... às vezes até abrir, porque umas só mostram a verdadeira essência quando as olhamos por dentro, e isso tudo, dá muito trabalho!

Conhecer muitas pessoas e não ter medo de entregar-se a todas elas faz com que a possibilidade de ser magoado, seja muito maior. Infelizmente este é um defeito meu.

Só que há algumas pessoas que ainda tem a ousadia, audácia, cara-de-pau, ou quem sabe na melhor das hipóteses, ingenuidade, de continuar “assombrando” nossa vida. Mesmo depois de nos ter magoado (com consciência disso).

Acredito que muitas vezes isto acontece como um “teste”. Quando se está tudo bem, vem um fantasma do seu passado e te assombra, e aí, surgem duas opções para reagir. Ou você deixa aquilo acabar com o seu dia, ou você respira fundo e vê que é uma grande bobagem dar bola pra isto. Isso me aconteceu na semana passada e felizmente eu escolhi a segunda opção! Lembro que a mesma coisa aconteceu no dia 23 de Novembro e eu tinha escolhido a primeira opção... A gente tem que evoluir né?

Podemos interpretar estas assombrações como um grande bem ao nosso ego. Conseguimos superar uma mágoa, conseguimos ser melhores que aquele serzinho tão inferior com o coração carregado de culpa.

Sabe daquela história de “quem ri por último, ri melhor”?. Exatamente, depois de algumas noites em claro devido à dor, os papéis se inverteram e agora quem dorme em paz com a consciência tranqüila, sou eu. =)