quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Três coisas que aprendi sobre o amor.

Não, nada de definições ou um poema bonito, só três ideias que construí ao longo do tempo. Estava pensando sobre isso e coincidentemente hoje vi a imagem com a frase que aparece depois do texto no meu Facebook, então achei que devia escrever mesmo. :)


Durante um bom e há até pouco tempo, eu era das que acreditava que o amor só acontecia uma vez na vida. Que meu namoro não deu certo porque era apenas paixão e o amor ainda estaria por vir.

Mas passando os anos, vi que o amor é um sentimento muito gostoso de sentir e que não há problema nenhum em senti-lo mais de uma vez durante a vida. E um amor não desmerece o outro. Meu namoro deu certo sim por um bom tempo e foi um amor muito puro e juvenil, mas que não me impede de sentir outro amor mais maduro e consciente. São amores diferentes, mas são todos amores. 
Não vejo mais o amor como um sentimento eterno, pois o “sentir” não dura para sempre. Quando eu era criança, sentia medo do escuro e não podia dormir com as luzes apagadas, cresci e o sentimento do medo do escuro passou, mas nasceu de novo quando quase me afoguei na aula de natação, e passou novamente, e renasceu em outro momento... o amor também pode passar, e nascer de novo...Normal.

Por conta das filosofias de algumas pessoas que conheci (que eu estava escrevendo, mas estava ficando muito longo para explicar, então fica para a próxima rs), também aprendi hoje que o amor (especificamente falando de um casal) deve ser livre, que o amor exige também espaço e às vezes até um tempo sozinho, que o “você nasceu para mim” não existe, as pessoas nasceram para viver e ponto, ninguém é dono de ninguém, isso objetifica as pessoas e não somos pertences pessoais. O encontro de dois seres serve para que eles permitam que um faça parte da vida do outro, caso isso os façam felizes; serve para que eles compartilhem suas vidas um com o outro e desfrutem de bons momentos juntos com o que cada um tem de melhor, e que, se necessário, ajudem um ao outro a passar por dificuldades que aparecem, oferecendo o que se tem de melhor também. Que cada um tem sua vida, seus momentos, suas manias e que é necessário que cada um viva independente do outro (claro, com respeito, carinho, preocupação, etc, não preciso falar né? Espero que não), isso provoca saudades, faz termos novidades para contar, faz termos vontade de contar essas novidades, e nos faz procurar o outro porque realmente temos vontade de estarmos ali com aquela pessoa, não por obrigação, e assim é muito mais gostoso. Se existe respeito e confiança, qual o problema em ir até uma reunião de amigos um dia? Se não existe respeito e confiança, a pessoa dará um jeito de encontrar um escape mesmo que você fique 24 horas do dia junto dela, sério! A propósito, as experiências de alguns amigos me mostraram que isso acontece principalmente se você ficar 24 horas junto da pessoa. Hehehe.

Por fim, a última coisa que aprendi sobre o amor: Quando se ama alguém não significa que exista um desejo carnal sobre ela, amigos se amam e está resolvido, amigos se amam e eles podem continuar sendo simplesmente amigos, o amor é muito grande pra se resumir só a um relacionamento conjugal ou fraterno. Amar alguém e ter um desejo carnal sobre ela também não significa que você está assumindo imediatamente o compromisso de casar e ter filhos, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da sua vida. É possível ter amor a alguém com quem você se relaciona unicamente pelo o que ela representa e traz de bom à sua vida, é possível amar e esperar que as coisas se encaminhem e aconteçam naturalmente. Aliás, saber esperar o momento do outro e respeitar os sentimentos (ou a falta deles) é um gesto de amor.


Amor é muito grande e abrangente para ser definido, julgado, rotulado e principalmente justificado. É também muito bom para ser sentido somente uma vez, pode ser sentido várias vezes pela mesma pessoa, ou em vários períodos da vida por pessoas diferentes, ou de várias formas diferentes durante o mesmo momento. O que importa é que ele seja vivido, sentido, respeitado e (tomara que) compartilhado!


P.S.: Se quiserem uma inspiração, podem ler ouvindo essa música. Revisei o texto ouvindo-a no "repeat" e foi muito gostoso! hahahaha (estou deveras viciada nela, confesso).



quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eu mereço!

“Você ainda vai ter tudo o que merece.”
“A gente colhe o que a gente planta.”
“O mundo dá voltas.”
Etc.,
Etc.,

Posso apostar que não existe alguém que nunca tenha ouvido uma frase destas quando precisava superar algo, ou dito para consolar um amigo.
Só que muitas vezes, da mesma forma que esse tipo de coisa sai da boca para fora por quem diz, ele entra por um ouvido e sai pelo outro por quem escuta.
Quem realmente leva a sério quando escuta isso? Pois acho que deveria.
Uma vez escrevi que relacionamentos são feitos de troca, e não existe relacionamento mais intenso e complexo que o nosso próprio relacionamento com a vida. Então, creio sim que fazer o bem, me trará o bem. Mesmo que seja só uma ilusão, também não ganharia nada fazendo o mal, então continuemos assim. Se você bater em alguém, o instinto natural pode levar este alguém a reagir te batendo também. Se você abraçar alguém, o instinto natural pode levar a pessoa a te abraçar de volta.
Claro que não é regra, pode acontecer de abraçarmos as pessoas e ela nos dar as costas, mas não é motivo para pararmos de abraçar. Acredito que no tempo certo, virão nossos abraços de volta. Assim como o soco que você deu em alguém que simplesmente se defendeu, um dia também voltará.
Essa matéria curiosa mostra mais ou menos o que eu quero dizer. Não sei se é realmente verdade e fiel e até que ponto isso quer dizer alguma coisa, mas é no mínimo curioso: http://www.hypeness.com.br/2014/01/cientista-faz-experimentos-com-agua-pra-provar-que-o-pensamento-influencia-a-nossa-vida/

Durante alguns momentos, diante de algumas decepções pensei que a vida era injusta, que não valesse a pena continuar fazendo as coisas de coração puro, se só recebia decepção atrás de decepção e via tanta gente de má índole com aparências tão felizes.
No determinado momento que refiz minha cabeça e passei a enxergar as decepções como aprendizados para minha própria evolução, consegui analisá-las mais friamente e notar as coisas boas que eu merecia por ser quem eu fui/sou. E assim, aprendi a esperar e administrar as coisas boas que acontecem com os pés no chão, sem deixar de aproveitá-las.
Acho válido, parar um instante, repensar nas nossas ações passadas, relembrar das coisas vividas, de situações em que nos machucaram gratuitamente. E quando a recompensa vir, se surgir a dúvida de “Será que eu mereço isso?” a resposta aparecerá automaticamente “Mereço sim!”.


Eu sei que mereço coisas maravilhosas, e não vou me permitir aceitar menos que isso.