domingo, 19 de julho de 2015

O Número 25.

Desde o dia em que completei meus vinte e quatro, a vida tem sido uma assustadora contagem regressiva para os vinte e cinco.
Vinte e cinco. Serão dez anos desde que eu tinha quinze, que eu começava a me entender por jovem, e tanta coisa que eu poderia ter mudado desde lá. 

Penso em tanta coisa que já mudou, no quanto eu já mudei, em como passei da garota boba que era zoada na escola por ter cabelos cacheados a uma mulher madura (poderia ser menos) com incríveis nove anos desde seu primeiro emprego (o que me orgulha muito) e que sai desfilando sua jubona enorme por aí.
Vinte e cinco anos, um quarto de século, que idade mais estranha... Parece um número tão grande e tão pequeno ao mesmo tempo... Por um lado, sinto que devia ter feito tanta coisa que deixei de fazer e agora já não tenho mais tempo. Por outro lado, penso em todas as milhares de coisas que quero/preciso fazer antes que cheguem os trinta (agora é um caminho sem volta, né migos?).
Vinte e cinco anos e lembro de cada coisa impublicavel que fiz nos últimos dois anos e que me fazem pensar em como um ano é suficiente para se fazer valer a pena, para se provar de tudo, ou para se mudar uma vida. Vinte e cinco e eu penso na pressão que a sociedade faz sobre a minha condição de mulher aos vinte e cinco: "Já está na idade de casar", "não pode ter filho muito velha", "já tem que começar a usar creme anti-idade", e isso tudo por um momento me faz pensar que tenho tão pouco tempo para tudo isso, mas depois... só penso no quanto sou jovem ainda aos vinte e cinco para encher minha cabeça com esse monte de besteiras.
 
Vinte e cinco e tudo o que eu quero é deitar no parque e ouvir a minha música, vinte e cinco e eu tenho uma lista de shows de rock para ir até o fim do ano que me motivam a trabalhar só para comprar ingressos como uma adolescente rebelde. 
Vinte e cinco e eu só penso em como eu me imaginava aos vinte e cinco quando tinha quinze, e como eu não fiz metade do que planejei, como a vida vem sendo uma descoberta a cada dia, o que me faz chegar aos vinte e cinco sem a menor ideia do que esperar do futuro, mas com os braços e a cabeça muito mais aberta do que eu tinha antes. 


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