Oie! Como você está? Estou afim de conversar e desabafar! =)
Sou ciente e muito orgulhosa das minhas qualidades, mas
reconheço todos os meus defeitos. E tenho um defeitão! Bem grandão!
Adoro sorrir, falar, falar, falar, de qualquer assunto com
qualquer pessoa. Em meia hora de conversa já contei metade da minha vida. E
olha que esse nem é o defeito (mas não deixa de ser um, eu sei!). Emendo um assunto no outro e volto a falar de
um assunto do nada e ninguém acaba entendendo.
Sempre A-DO-REI fazer redações (olha só, tenho um blog
afinal!) e era a primeira a levantar a mão quando minha querida professora de
português da 5ª série, dona Maria Lúcia perguntava quem queria ler seu texto em
voz alta. Sempre tive ótimas notas e pontuações. Uma vez não consegui fazer a
redação e quando me chamaram para ler, peguei uma folha qualquer fingindo que
estava lendo e comecei a inventar uma história ali mesmo, pois era uma falta de
honra eu não ter uma redação para ser lida. Claro que não funcionou, levei um “negativo
vermelho”.
A mesma mão que eu levantava para ler a redação, eu também levantava quando perguntavam “Quem quer ler o texto do livro para a classe?”. Meu ápice da vaidade foi quando uma professora disse para a classe que eu lia da maneira mais correta que alguém poderia ler, pausando corretamente nas vírgulas, entonação perfeita, etc. Nunca mais esqueci! ♥
Continuando nesse caminho, nos trabalhos em grupo, sempre
fui “a que ia falar”, ou quando todos precisavam falar, sempre fiquei com a
fala maior, ou a mais difícil de decorar, ou então falava a parte daquele aluno
que faltou. Sempre, sempre, desde o fundamental até na minha apresentação de
TCC. Eu sempre adorei isso, ver a sala toda olhando pra mim e prestando atenção
no que eu digo. Como está escrito no meu perfilzinho, sou leonina e dizem que
os leoninos gostam de aparecer. Se for verdade, esse é o meu jeito de aparecer
e chamar a atenção. Por isso, ninguém acredita quando digo que sou tímida.
Não aprendi a falar sério, se pudesse viveria a vida
toda fazendo piada e brincando. Não sei conversar a sós, não consigo abrir a
boca, falar olhando nos olhos de alguém então..., meu Deus, entro em
pânico! Sério, fico tensa escrevendo isso e imaginando...
Lembro bem de uma vez em que alguma amiga minha ia falar
para o rapaz da escola que eu gostava dele, eu sempre corria para o banheiro.
Lembro que no meu primeiro beijo, uma amiga minha agarrou meu braço e disse “Você
não vai fugir” enquanto eu ia para o “local do abate” depois da aula. Lembro
que antes de beijar meu ex-namorado pela primeira vez, estávamos sentados nos
banquinhos da Galeria do Rock e ele me disse “Por que você só olha para baixo?”
ele teve que puxar meu rosto para cima pra conseguir alguma coisa e eu tremia,
roxa de vermelha. Só consegui dizer que estava apaixonada pelo falecido MSN! Ainda sou daquelas que escreve e fica com medo de ler a resposta.
Outra vez (há anos luz rs), fui conversar com um rapaz, mas estava com tanta vergonha que ele foi embora dizendo “Ah, você não quer!”.
Nas reuniões gerais da empresa, sempre me senti à vontade para dar minha opinião, mas nunca para conversar sério com meu chefe, diretor, etc. Sempre adiei o máximo que pude. Mas se eu puder dizer algo por e-mail, escrevo perfeitamente bem tudo o que quero dizer.
Outra vez (há anos luz rs), fui conversar com um rapaz, mas estava com tanta vergonha que ele foi embora dizendo “Ah, você não quer!”.
Nas reuniões gerais da empresa, sempre me senti à vontade para dar minha opinião, mas nunca para conversar sério com meu chefe, diretor, etc. Sempre adiei o máximo que pude. Mas se eu puder dizer algo por e-mail, escrevo perfeitamente bem tudo o que quero dizer.
Por que tudo isso? Eu realmente não sei. Tenho medo que
reparem no quão vermelha eu fico, ou que eu fique vesga falando e perca toda a
credibilidade, ou de me mostrar frágil para alguém, acho que esse é o principal
motivo, a pior coisa do mundo para mim é me emocionar e chorar na frente de
alguém. Procuro não discutir porque tenho medo de magoar alguém, não abro o
coração porque tenho medo de me magoar. E aí fico assim, sofrendo em silêncio
sozinha.
Péssimo, não? Eu sei.
Tenho consciência de todos os assuntos que tenho para
resolver, passo a semana toda pensando “vou fazer, vou fazer, vou fazer”,
ensaio diálogos, imagino respostas. Quando tenho a oportunidade de fazer,
esqueço, ou acontece algo que me desencoraja e fico com aquilo entalado na
garganta.
Acho que as coisas seriam muito melhores, mais justas e verdadeiras se todos falassem o que realmente pensam/sentem aos outros. Só que no meu caso, seria muito melhor se eu pudesse fazer tudo isso por e-mail.
Acho que as coisas seriam muito melhores, mais justas e verdadeiras se todos falassem o que realmente pensam/sentem aos outros. Só que no meu caso, seria muito melhor se eu pudesse fazer tudo isso por e-mail.
Mas a graça da vida é conseguir superar-se sempre. Meu
melhor amigo disse uma vez que “sou diferente das crianças da minha idade”, sei
que essa trava não combina com tudo o que corro atrás bravamente para
conquistar, e talvez (com certeza) eu tenha perdido muita coisa por ficar sofrendo
em silêncio.
Chega uma hora que é bom jogar tudo para o alto e arriscar a
sorte. Talvez eu tenha algumas coisas a perder, mas sei que tenho muito mais a
ganhar daqui poucos meses por conta da minha própria coragem em arriscar.
Estou trabalhando isso! E acho que reconhecer o defeito e contar isso é o
primeiro passo.
Obrigada a quem leu! =)
"But we still fear, what we don't know... the mind is poison."
Talvez a música que mais me deixa emocionada/sentimental/gay de todas! =P
Nenhum comentário:
Postar um comentário