segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Laços e entrelaços.

É bom saberem.
Talvez exista uma característica a ser trabalhada em mim, que não consigo fazê-la. Fiz meu mapa astral há umas duas ou três semanas, tanto faz se é verdade ou não, mas a astróloga só confirmou o que eu já sabia em um dos momentos: “Você é muito leal, quando você é amiga de alguém, adota mesmo até a morte e faz tudo por ela, mas quando você rompe com alguém é para sempre e sem volta.”.

Não aprendi a ser meio termo, meio entregue, não aprendi a ser quarenta e quatro (entre o 8 e o 80). Na minha vida só existe o amar sem limites e o detestar a todo custo, fora aquelas pessoas ali no meio do caminho que tanto faz. Inicio um laço sempre disposta a amar sem limites. Adoro construir laços, os mantenho pelo maior tempo possível e me parte o coração ter que desfazer algum. Os amigos que tenho, são amigos por anos a fundo, meu melhor amigo está comigo há 09 anos, minha melhor amiga está comigo há 04, e são os melhores desde o dia em que os conheci.

Da mesma forma que quando amo, adoto para a vida, para esquecer a dor que alguém  me causou preciso deletar da mesma, não deixar nenhum contato disponível, nenhuma garrafa aberta para não voltar a beber (Referente ao texto: Largando o Vício), só esqueço se fingir que nunca conheci.

Tenho poucos laços desfeitos, mas eles são desfeitos para não serem refeitos, mentira... na verdade tenho um caso refeito por acidente, mas levou alguns anos e mesmo assim não é exatamente a mesma coisa de antes, é... é assim que eu funciono e não encontrei uma forma de ser diferente. 
Geralmente, me esforço ao máximo para mantê-los, para solucionar um desentendimento, encerrar um laço amigavelmente, mas se não há esforço do outro lado ou se a porrada continua depois do meu perdão, então o coração vai se esvaziando e fujo até que alguém jogue a última pá de terra e posicione a lápide “Rest in Peace”.

Acho extremamente ruim ser assim, mas se não for desta forma, sinto que continuarei correndo exaustivamente atrás de uma relação onde só um lado segura a corda. E sério, eu corro muito atrás, o laço só se desfaz quando as pernas não aguentam mais correr. 

É triste ver laços tão bonitos se desfazendo e ver as fitas voando para longe, queria guardar todas (as fitas) no meu coração, mas algumas delas não se abraçam nele (no coração) e parece que se esforçam para voar longe, eu aperto e firmo os laços sozinha até o limite, mas quando ele chega, o que resta é ver a história morrer.

Se ainda temos algum contato depois de alguma desavença, é que meu carinho é grande e tenho me esforçado para que ele não se acabe, ainda há interesse em levá-lo para a vida, não me deixem desfazer os laços. Para uma pessoa entregue, o cemitério dos laços é um lugar triste demais. 




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