segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Laços e entrelaços.

É bom saberem.
Talvez exista uma característica a ser trabalhada em mim, que não consigo fazê-la. Fiz meu mapa astral há umas duas ou três semanas, tanto faz se é verdade ou não, mas a astróloga só confirmou o que eu já sabia em um dos momentos: “Você é muito leal, quando você é amiga de alguém, adota mesmo até a morte e faz tudo por ela, mas quando você rompe com alguém é para sempre e sem volta.”.

Não aprendi a ser meio termo, meio entregue, não aprendi a ser quarenta e quatro (entre o 8 e o 80). Na minha vida só existe o amar sem limites e o detestar a todo custo, fora aquelas pessoas ali no meio do caminho que tanto faz. Inicio um laço sempre disposta a amar sem limites. Adoro construir laços, os mantenho pelo maior tempo possível e me parte o coração ter que desfazer algum. Os amigos que tenho, são amigos por anos a fundo, meu melhor amigo está comigo há 09 anos, minha melhor amiga está comigo há 04, e são os melhores desde o dia em que os conheci.

Da mesma forma que quando amo, adoto para a vida, para esquecer a dor que alguém  me causou preciso deletar da mesma, não deixar nenhum contato disponível, nenhuma garrafa aberta para não voltar a beber (Referente ao texto: Largando o Vício), só esqueço se fingir que nunca conheci.

Tenho poucos laços desfeitos, mas eles são desfeitos para não serem refeitos, mentira... na verdade tenho um caso refeito por acidente, mas levou alguns anos e mesmo assim não é exatamente a mesma coisa de antes, é... é assim que eu funciono e não encontrei uma forma de ser diferente. 
Geralmente, me esforço ao máximo para mantê-los, para solucionar um desentendimento, encerrar um laço amigavelmente, mas se não há esforço do outro lado ou se a porrada continua depois do meu perdão, então o coração vai se esvaziando e fujo até que alguém jogue a última pá de terra e posicione a lápide “Rest in Peace”.

Acho extremamente ruim ser assim, mas se não for desta forma, sinto que continuarei correndo exaustivamente atrás de uma relação onde só um lado segura a corda. E sério, eu corro muito atrás, o laço só se desfaz quando as pernas não aguentam mais correr. 

É triste ver laços tão bonitos se desfazendo e ver as fitas voando para longe, queria guardar todas (as fitas) no meu coração, mas algumas delas não se abraçam nele (no coração) e parece que se esforçam para voar longe, eu aperto e firmo os laços sozinha até o limite, mas quando ele chega, o que resta é ver a história morrer.

Se ainda temos algum contato depois de alguma desavença, é que meu carinho é grande e tenho me esforçado para que ele não se acabe, ainda há interesse em levá-lo para a vida, não me deixem desfazer os laços. Para uma pessoa entregue, o cemitério dos laços é um lugar triste demais. 




terça-feira, 18 de novembro de 2014

Largando o vício.

Venho tentado largar o vício, que tão mal me faz.
Apertei as rolhas e escondi as garrafas daquele vinho que aquecia meu corpo por dentro, me saciava e e me dava uma sensação de felicidade.
No começo eu neguei, dei uma bicadinha, tomei uma taça, depois mais outra, mais outra, passei a carregar a garrafa na bolsa e me vi então mergulhada em um oceano de vinho tinto.
Ao passar do tempo, o vinho que era suave se secou. Não me refiro ao sabor requintado de um vinho seco, me refiro à secura da falta de sabor, o vinho passeava pela minha boca sem gosto, sem cor.
Tentei adoçar, chacoalhar a garrafa, por de volta no barril, pensei em mil formas, e o vinho ficava cada vez mais seco, um gosto cada vez mais amargo como lágrimas de rancor que descem.
Então engoli à seco e fechei as garrafas. Escondi, fiz o possível para deixar fora de vista.
E funcionou muito bem! Tive algumas recaídas naturais, mas minha reabilitação durou pouco tempo e já estava de volta!
Mas as vezes, os ventos trazem o aroma da uva doce, o cheiro me estremece por um instante, mas só me traz tristeza, não consigo mais lembrar do sabor suave que me fazia flutuar, só daquele gosto amargo de ferrugem da bebida que me secou a boca. Mas confesso que às vezes sinto saudades, sinto vontade de tentar uma taça nova, algum jeito de sentir aquele sabor de novo. Mas não. Me embebedei, a bebedeira me cegou e a cegueira fez eu me perder.
Por favor, afasta de mim este cálice de vinho tinto de sangue, me traga de volta a água que é pura, inodora, incolor, insípida e mais que tudo... indolor.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O passado nunca foi tão presente.

Sumi, né? Os últimos dias foram de muitos pensamentos, análises, reflexão, reflexão, reflexão... Mas me aconteceu uma coisa muito legal ontem! E o post será longo, mas bem legal, vamos conversar!

Visitei o passado e encontrei um presente muito atual, e não podia vir em melhor hora!

Falando de um modo mais prático: Fiz uma busca no Google sobre um livro que li há anos, chamado "O Beijo de 10 segundos" (Excelente para casais, inclusive!). E na primeira página da pesquisa apareceu uma foto minha! Eita! Cliquei na foto e encontrei um antigo Fotolog de 2007/2008, que retratou do começo ao fim uma época muito feliz! Lá fui eu ver cada um dos 80 posts!



Viajei até os 16 para 17 anos! 3° Colegial, 1° Emprego, aprendendo a amar. Vi as fotos de uma menina doce e fofa, até eu mesma olhei as fotos e pensei "Mas que liiiiiiiinda essa menina!", e eu não gostava de nenhuma foto, que horror!


A menina doce e fofa ria à toa e pensava demais, gostava de cantar músicas sozinha no quarto como se fosse uma rockstar, já sonhava em ir para Londres, não bebia, odiava suas bochechas rosadas e celebrava a vida simplesmente por ouvir uma música que gostava. Inclusive no Fotolog já havia citações da música que dá nome a este humilde blog (sabiam que é de uma música? Meus amigos de Angra provavelmente sabem! Primitive Chaos do Almah é uma música lindíssima, daquelas de ouvir de olhos fechados, recomendo ouvirem e se deixarem levar!).

Adorava filosofia e mitologia, e meus deus, era INSUPORTÁVEL de melosa, socorro! Como o Gustavo me aguentava? Hahaha! Mas antes mesmo de namorar, não acreditava em casais que diziam se amar com 3 dias de relacionamento, falava de amor e nem tinha descoberto o que era ainda:

"Se existe uma coisa que eu ODEIO é gente que vulgariza o verbo amar. Pra mim, o amor é algo que não se pode surgir de uma hora pra outra, é algo que vai surgindo, crescendo e se alimentando, alguns mais rápido, sim. Mas essa palhaçada é sem explicação. Eu amo! Amo e sou amada, amo mas não falo, amo pessoas, amo coisas, músicas, sensações e posso dizer que nenhum dos meus amores surgiu de repente. É tudo uma questão de se aprender a amar.
Tá, foi só um desabafo, não sei se estou certa em relação à minha crítica ou não... Mas a única coisa que espero é que as pessoas descubram o quão valioso o amor é! E o quão mágica é essa sensação *-*. Amar é muito bom! Mas fazer mal ao amor, vulgarizando seu nome e dizendo "eu te amo" até pra pedrinha que se tropeça na rua, não é legal. E espero que aprendam a amar." 

16 anos e eu já sabia falar "Quão"! Hahahaha

Algumas coisas me impressionaram, como a cabeça que se formava dentro de mim aos 16 anos ao mesmo tempo em que o coração ainda era tão puro.

"É bom saber que nem tudo é como se imagina! Que a vida tem altos e baixos todos sabem, mas o bom é saber que os altos podem chegar à qualquer momento! Sabe, descobri que vivo em dois mundos, esse aqui, normalzinho e o outro, é aquele meu mundo onde tudo é colorido e bonito! Confesso, depois que terminei meu último namoro, eu tinha decidido sair um pouco desse mundinho colorido e bonito e começar a ser igual todo mundo é. Mas... mas... mas... aaah não tem como! Meu mundinho colorido tá tããããão bonito agora *-*. É estranho pensar como os sentimentos podem surgir de forma tão inacreditável ou que às vezes a gente mesmo duvida que pode acontecer de tal forma até a hora que a gente sente através dessa tal forma."

Essa história de "Ás vezes eu quero ser igual a todo mundo" me assombra até hoje, mas eu esqueço rapidinho como fazia aos 16. =D

Aos 17, refletia sobre a vida e o valor das coisas e nem tinha começado a viver ainda (quem garante que aos 24 eu já comecei?):

"Muita gente sonha alto... Grandes carros, grandes casas, grandes bens. Sem saber que a vida simplesmente não se consiste nisso. Muita gente espera ansiosíssimo pelo dia do aniversário pra ganhar *pensa* ahn... aqueeeeeeeeele celular que filma, fotografa, dá cambalhota daquela tia-avó que mora lááá no interior! xD mas que no futuro o celular vai estar lá, todo arranhado e com botões caindo =D. (N.E.: Isso pq nem existia smartphone ainda né, mordi a língua com meu Iphone agora rsrs). Agora... parar para imaginar que alguém usou seus minutos, ou quem sabe horas, que poderiam ser usados em tantas coisas, para se dedicar à você, isso não tem comparação. Muita gente acredita no poder de muitas coisas, mas poucos são os sábios que tem a proeza de saber o poder das palavras." (Eu falava bonito demais! Uau!)

Encontrei meu post falando sobre o quanto eu me senti bem por perdoar e ajudar um rapaz que tinha me feito tão mal, não lembrava disso, mas uma das coisas que este rapaz me disse foi que não sabia se no meu lugar, conseguiria ser como eu sou, esquecer de tudo e dar uma segunda chance para a vida.

Os comentários que eu recebia diziam o quanto eu era inteligente, linda, amigável, atenciosa, carinhosa, que eu tinha dom para escrever um livro (olha eu aqui!) ou fazer psicologia (adoraria!), que queriam ter minha capacidade de perdoar. Dava conselhos, ajudava pessoas a "subir na vida", escrevia coisas e minhas amigas se identificavam e se sentiam melhor.

Engraçado que os elogios acerca do meu sorriso são exatamente os mesmos que ouço hoje, preciso dar mais valor pra esse meu sorrisão! =D

"Você é muito querida por muitos. Você não atrapalha, você ajuda. Você tem esse dom e ngm vai tirar", já dizia a Patty em 2008.
"Vc nasceu pra trazer brilho a vida de muuuuita gente.", dizia o Feh também no mesmo post.

Lembro que quando voltei a namorar o Gu, ele disse que quando me conheceu era um moleque e que eu tinha transformado-o em um homem, nunca vou esquecer! Lembro-me de ter dado a maior força para ele conseguir o primeiro emprego e de ficar um tempão no telefone ajudando a decidir se ele faria faculdade de Música porque era o sonho dele ou se fazia Publicidade porque se identificava. Hoje o Gustavo é um baita Diretor de Arte! \o/. Fico muito gratificada de ter ajudado de alguma forma!

"E ontem eu vi o quanto é bom se sentir útil sabe. ver que vc faz alguma coisa importante pra alguém, que vc é importante para alguém! Isso me deixou muito bem comigo mesma!"

De lá para cá, muita gente passou por essa minha vida, e ainda tem passado, e eu sempre tentei dar o meu melhor a todas elas, acredito que muita gente tenha um pedacinho de algo que eu tentei "ensinar", e eu sou muito feliz por isso!

08 anos depois que comecei o tal Fotolog, mesmo com a rotina e os tropeços tentando corromper, ainda me pego em momentos de doçura, ainda rio à toa e penso demais (sério, mais que o necessário!), ainda canto músicas no quarto sonhando em ser uma rockstar e me esforçando pra cantar bem, meu sonho de ir para Londres está cada vez mais perto, e é o que tem me movido para muita coisa, ainda não gosto das bochechas que vocês insistem em dizer "Que bonitinha, toda rosadinha!" ¬¬', percebi que parei de celebrar pequenas coisas como ouvir uma música que eu gosto muito, ainda adoro filosofia e mitologia e parei de ser tão melosa, claro que eu sou uma mulher romântica que sonha, mas tenho vida também e sei o quanto é bom  e necessário ter uma vida independente! Hahaha! Ainda me dói o coração ver pessoas vulgarizando o amor, ainda perdoo mais que o necessário e nem sempre as pessoas valorizam meu perdão, então perdoo uma vez pois acho que todos merecem uma segunda chance, mas a terceira não existe. Ainda tenho meu mundinho colorido, mas às vezes esqueço de separar um tempo para viver nele, ainda dou valor para pequenas coisas, escrevo cartas, colho uma flor para dar a alguém, compro um chocolatinho se algum amigo meu está mal, levanto da minha mesa pra dar um abraço em um colega, as pessoas ainda me procuram enlouquecidamente para conselhos e eu ainda ajudo muita gente.
Ouço Nothing to Say do Angra e ainda faço a coreografia do DVD no final da música, timidamente, mas faço. Achava que Always do Bon Jovi era música de amor e hoje sei que é música de corno, achava Forever do Kiss a música mais linda, e lembro que nos shows de 2009 e 2012 dei graças à Deus por eles não terem tocado. Hahaha. Ah sim, hoje eu bebo, cerveja I love you!

Como disse, os últimos dias foram de muitos pensamentos, análises, reflexão, reflexão, reflexão... pedi conselhos para deus e o mundo e cada um com sua opinião diferente só me fazia ficar mais perdida, e quem me ajudou quando eu precisava, no fim das contas, fui eu mesma revendo tudo isso. Resolvi retomar alguns hábitos maravilhosos que tinha deixado para trás com o tempo, celebrar pequenas coisas, viver cada dia sabendo a pessoa maravilhosa que eu sou. Vou tatuar o endereço deste blog, para que eu possa ler tudo isso daqui uns 10 anos.

Que graciiiiiiiiiinha! <3 br="">
Muito feliz, muito orgulhosa de ser quem eu sou há tanto tempo. =)



quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Acalme-se, você foi nascido para a batalha!


Acalme-se.
Acalme-se e vá dormir. Ninguém sabe o que há pela frente. A vida é curta, para dizer o mínimo. Estamos na barriga do monstro.
Acalme-se, jovem e selvagem. Por muito tempo sua inocência deve reinar como conchas à beira do mar, e seus limites devem ser desconhecidos, e seus esforços devem ser SEUS.

Se você sentir que não consegue mais aguentar, não quebre o caráter, você tem muito coração. 
Isso é real ou só um sonho?
Levante-se como o SOL e trabalhe até o trabalho estar feito.

Acalme-se, um dia você irá embora. CORAGEM na sua manga. E quando você voltar, me diga o que você viu? Tinha alguma coisa lá fora para mim?

Acalme-se, feche os olhos. Daqui a pouco você vai estar sozinho, seguro e em ordem. E se te jogarem na lama, isso NÃO MUDA o que há em seu sangue.

Através das pedras, através das cordilheiras, através das armadilhas, através das planícies.

Quando eles te derrubam, não quebre o caráter, você tem muito coração.

Isso é real ou só um sonho?

Acalme-se.
Acalme-se.
Acalme-se.
Acalme-se.

Através das pedras e cordilheiras, através das planícies no crepúsculo, através das armadilhas e ciladas, quando você está fundo demais. No seu maior sonho, no seu esquema feito. Quando eles te derrubarem, quando eles te derrubarem...

Não quebre o caráter. Você tem muito coração.

Isto é real ou só um sonho?

Levante como o sol e trabalhe até o trabalho estar feito. Levante como o sol e trabalhe até o trabalho estar feito. LEVANTE COMO O SOL e trabalhe até o trabalho estar feito.

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Nascida para a batalha.

Você perdeu a fé no espírito humano, você anda por aí como um fantasma. Seu coração estrelado pegou um trem rumo ao litoral.
Quando você brilha, é uma mansão no topo de uma colina. Então como você perdeu sua luz? Foi soprada pelo vento? Na quietude da noite...

Estamos contra a parede, contra a parede. Há algo morrendo na rua.

Quando te derrubam, você vai levantar. Não, você não pode parar agora.

Eu sempre te vi como um tipo de guardiã, mãe para um filho. Mas seus meninos amoleceram... e suas meninas ficaram selvagens.

Do Blue Ranch à Black Hills, até o Redwood Sky. As épocas passam, mas o sonho não morre. Não, não acabe com a diversão.
Contra a parede. Há algo morrendo na rua.
Quando te derrubam, você vai se levantar. Mas você não pode parar agora.

Quando partem teu coração, quando fazem sua alma chorar. Lembre-se do que eu te disse, garota você foi nascida para lutar. Não, você não pode parar agora. Você foi nascida para batalhar.

Quando a noite cai sobre a terra, você fica assustada pelo som? Vai precisar mais que uma mão para reverter as coisas.
Porque você não se apoia em mim? Resgate-me e liberte-me!

Contra a parede. Contra a parede. Há algo morrendo na rua. Contra a parede. Quando te derrubam, você vai se levantar.

Mas você não pode parar agora!

Eles partiram seu coração? Eles fizeram tua alma chorar? Lembre-se do que eu te disse. Garota, você foi nascida para lutar. Porque você não pode parar agora.

Venha e mostre sua cara, venha e nos dê mais uma centelha, começaremos um incêndio, vamos cair dentro da escuridão, e você não pode parar agora.

Você nunca vive,
Se você nunca aprende.
Você nunca brilhará, 
Se você não queimar.  
A maré crescente,
A ressaca,
O veneno e a inundação.
Você se afasta.
Bem vindo ao lar.

(Não, você não pode parar agora.)

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O primeiro texto, é a tradução da letra de Be Still do The Killers, o segundo texto é a tradução de Battle Born da mesma banda. Fiquei impressionada como elas se completam e notei que as duas ficam em sequência no CD que também se chama Battle Born (Faixas 11 e 12) (Aceito de presente, aliás!). Uma sequência perfeita. Como fica interessante quando vemos a música como um texto e prestamos atenção na mensagem dela, não?
O Killers incrivelmente tem uma trilha sonora pra tudo o que eu preciso.

Eu espero que minhas decisões estejam certas, que os planos deem certo, cada dia que passa abro mão de mais coisas em busca de algo maior. E a vida é realmente isso, nada vem fácil e eu realmente acredito que nossos sacrifícios serão recompensados, basta você batalhar.
E tem que ter muito culhão pra andar ao lado de uma mulher de fibra. Pena que parece cada vez mais impossível achar. Tenho uma coleção de "Deveria ter feito" justificando um "Vou fazer" que ficou engasgado no passado. E dói demais ouvir isso.

Vamos olhar para frente, porque tenho que assumir as decisões que tomei e os caminhos pelos quais me meti.

Obrigada!








quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Pensamento positivo.

Amigos, gostaria dos comentários de vocês!
Essa experiência do cientista japonês Masaru Emoto circulou muito pela internet há pouco tempo. Resumindo, ele colocou três potes de arroz cozido, um com uma mensagem “I love you”, outro com a mensagem “I Hate you” e outro totalmente ignorado e pediu para que seus alunos gritassem a mensagem escrita para cada um deles por 30 dias.



Reza a lenda que no fim da experiência, o frasco “I Love You” estava com o arroz fermentado e um cheiro agradável. O frasco “I Hate You” estava praticamente todo preto; e o frasco ignorado era um acúmulo de bolor, caminhando pra decomposição.
Há mais experiências no link abaixo:



Outra coisa que deu o que falar e deixou muita gente muito louca foi o livro O Segredo que se sucedeu em filme.
Ele fala sobre o poder do pensamento positivo e a lei da atração: você atrai aquilo que você transmite.
Eu tenho esse livro! Li há muitos anos e lembro que uma das lições era não dizer a palavra “não”. Se eu não me engano o exemplo do livro era o seguinte: quando dizemos “Não vou me atrasar” o Universo pode anular a palavra “não” e entender somente o restante, diz o livro que é preciso mudar o modo de dizer as coisas para, por exemplo, “Vou chegar na hora!”.
Parece uma viagem essa história de Universo e tudo mais, e é um pouco impossível viver todos os dias como a Rhonda Byrne, autora do livro, escreve.  Mas a lição de otimismo do livro é muito boa!  A Lei da Atração é um assunto muito interessante, físicos, médicos, cientistas já discutiram sobre isso.



Mas a minha questão é, até onde o pensamento positivo é possível na nossa vida e quando passa a se tornar uma fantasia?
Que a vida é uma montanha-russa, que ela dá voltas e vários outros clichês de música pop relacionados a isso, todo mundo já sabe!
Existem momentos bons e ruins, e muito da personalidade de cada pessoa é mostrado em como ela passa por esses momentos.

Eu sempre fui uma pessoa muito positiva, particularmente de uns tempos para cá, procuro ver sempre o lado bom das coisas, viver feliz os momentos bons e tentar aprender com os ruins. Também gosto de priorizar as coisas boas em cada pessoa que conheço, em cada relação, em qualquer aspecto ao invés de me estressar pelas ruins. Basicamente, eu peso bastante na balança, se a balancinha ainda estiver pendente para o lado bom, então ótimo! Gosto principalmente de transmitir coisas boas aos outros quando precisam, adoro ajudar as pessoas a sorrir! =)

Só que pensar positivo, olhar o lado bom das coisas, blablablabla chatochatochato, despende de muita energia! Há um tempo, tinha uma pessoa tão deprê do meu lado e eu quis tanto ajudar que quem ficou deprê e fraca fui eu.  

Será que a Rhonda Byrne, ou seus seguidores já passaram pela situação de fazer algo com o pensamento positivo tão firme, essa coisa dar errado e só sobrar uma grande dor de cabeça e cansaço pelo esforço?
Eu já! É complicado fazer algo cheio de boas expectativas e receber um balde de água fria. Posso dizer que nunca desanimei, já tive meus momentos de querer desistir, mas passavam logo, lá estava eu tentando de novo.

Só que hoje em dia, às vezes dá certo receio de fazer as coisas com pensamento positivo. Meu pensamento positivo já tem um pé atrás em algumas situações, de medo de levar outro balde de água fria.

Será que as coisas podem não dar certo justamente por este pé atrás?

Será que pensamento positivo realmente ajuda a ser feliz?

Is this the real life? Is this just fantasy?

Por que o céu é azul? E por que não chove em São Paulo?

Esse é um assunto que eu penso muito a respeito e não chego em uma conclusão nunca, gostaria da opinião de vocês! =D
Beijos!


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Abrindo o coração.

Oie! Como você está? Estou afim de conversar e desabafar!  =)

Sou ciente e muito orgulhosa das minhas qualidades, mas reconheço todos os meus defeitos. E tenho um defeitão! Bem grandão!

Adoro sorrir, falar, falar, falar, de qualquer assunto com qualquer pessoa. Em meia hora de conversa já contei metade da minha vida. E olha que esse nem é o defeito (mas não deixa de ser um, eu sei!).  Emendo um assunto no outro e volto a falar de um assunto do nada e ninguém acaba entendendo.

Sempre A-DO-REI fazer redações (olha só, tenho um blog afinal!) e era a primeira a levantar a mão quando minha querida professora de português da 5ª série, dona Maria Lúcia perguntava quem queria ler seu texto em voz alta. Sempre tive ótimas notas e pontuações. Uma vez não consegui fazer a redação e quando me chamaram para ler, peguei uma folha qualquer fingindo que estava lendo e comecei a inventar uma história ali mesmo, pois era uma falta de honra eu não ter uma redação para ser lida. Claro que não funcionou, levei um “negativo vermelho”. 

A mesma mão que eu levantava para ler a redação, eu também levantava quando perguntavam “Quem quer ler o texto do livro para a classe?”.  Meu ápice da vaidade foi quando uma professora disse para a classe que eu lia da maneira mais correta que alguém poderia ler, pausando corretamente nas vírgulas, entonação perfeita, etc. Nunca mais esqueci! ♥

Continuando nesse caminho, nos trabalhos em grupo, sempre fui “a que ia falar”, ou quando todos precisavam falar, sempre fiquei com a fala maior, ou a mais difícil de decorar, ou então falava a parte daquele aluno que faltou. Sempre, sempre, desde o fundamental até na minha apresentação de TCC. Eu sempre adorei isso, ver a sala toda olhando pra mim e prestando atenção no que eu digo. Como está escrito no meu perfilzinho, sou leonina e dizem que os leoninos gostam de aparecer. Se for verdade, esse é o meu jeito de aparecer e chamar a atenção. Por isso, ninguém acredita quando digo que sou tímida. 

Não aprendi a falar sério, se pudesse viveria a vida toda fazendo piada e brincando. Não sei conversar a sós, não consigo abrir a boca,  falar olhando nos olhos de alguém então..., meu Deus, entro em pânico! Sério, fico tensa escrevendo isso e imaginando...
Lembro bem de uma vez em que alguma amiga minha ia falar para o rapaz da escola que eu gostava dele, eu sempre corria para o banheiro. Lembro que no meu primeiro beijo, uma amiga minha agarrou meu braço e disse “Você não vai fugir” enquanto eu ia para o “local do abate” depois da aula. Lembro que antes de beijar meu ex-namorado pela primeira vez, estávamos sentados nos banquinhos da Galeria do Rock e ele me disse “Por que você só olha para baixo?” ele teve que puxar meu rosto para cima pra conseguir alguma coisa e eu tremia, roxa de vermelha. Só consegui dizer que estava apaixonada pelo falecido MSN! Ainda sou daquelas que escreve e fica com medo de ler a resposta.
Outra vez (há anos luz rs), fui conversar com um rapaz, mas estava com tanta vergonha que ele foi embora dizendo “Ah, você não quer!”.
 Nas reuniões gerais da empresa, sempre me senti à vontade para dar minha opinião, mas nunca para conversar sério com meu chefe, diretor, etc. Sempre adiei o máximo que pude. Mas se eu puder dizer algo por e-mail, escrevo perfeitamente bem tudo o que quero dizer.

Por que tudo isso? Eu realmente não sei. Tenho medo que reparem no quão vermelha eu fico, ou que eu fique vesga falando e perca toda a credibilidade, ou de me mostrar frágil para alguém, acho que esse é o principal motivo, a pior coisa do mundo para mim é me emocionar e chorar na frente de alguém. Procuro não discutir porque tenho medo de magoar alguém, não abro o coração porque tenho medo de me magoar. E aí fico assim, sofrendo em silêncio sozinha.


Péssimo, não? Eu sei. 

Tenho consciência de todos os assuntos que tenho para resolver, passo a semana toda pensando “vou fazer, vou fazer, vou fazer”, ensaio diálogos, imagino respostas. Quando tenho a oportunidade de fazer, esqueço, ou acontece algo que me desencoraja e fico com aquilo entalado na garganta.
Acho que as coisas seriam muito melhores, mais justas e verdadeiras se todos falassem o que realmente pensam/sentem aos outros. Só que no meu caso, seria muito melhor se eu pudesse fazer tudo isso por e-mail.

Mas a graça da vida é conseguir superar-se sempre. Meu melhor amigo disse uma vez que “sou diferente das crianças da minha idade”, sei que essa trava não combina com tudo o que corro atrás bravamente para conquistar, e talvez (com certeza) eu tenha perdido muita coisa por ficar sofrendo em silêncio.

Chega uma hora que é bom jogar tudo para o alto e arriscar a sorte. Talvez eu tenha algumas coisas a perder, mas sei que tenho muito mais a ganhar daqui poucos meses por conta da minha própria coragem em arriscar.

Estou trabalhando isso! E acho que reconhecer o defeito e contar isso é o primeiro passo.

Nada dará certo enquanto eu ficar parada sem tentar. 

Obrigada a quem leu! =)

"But we still fear, what we don't know... the mind is poison."


Talvez a música que mais me deixa emocionada/sentimental/gay de todas! =P

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Felicidade é só questão de ser.

Dizem que quando se está feliz com algo, contamos para 01 pessoa e quando estamos descontentes, contamos para 05. Mas não para a nossa protagonista.
Descontente, ela desabafa para 15 pessoas sua frustração; Feliz, ela conta para 200 pessoas, coloca uma faixa no portão agradecendo a algum santo pela graça alcançada, qualquer assunto lhe faz lembrar e falar no motivo da sua felicidade, até que de uma hora para outra, a felicidade some e ela volta aos seus 15 amigos com quem ela desabafa suas frustrações. Até que outro furacão de alegria aconteça novamente e o ciclo se repita.
Não existe um segredo ou plano seu que pelo menos uma pessoa no mundo não saiba (quando ela consegue contar para uma pessoa só!).

A mente sonhadora dela adora fazer planos, surpresas e carinhos, e a empolgação é tanta que ela acaba contando para alguém... “O que você acha se eu...”, aí a pessoa tem uma opinião contrária à dela, ela fica imersa em um mundo de dúvidas e acaba não fazendo nada.

A gente não para pra pensar que cada pessoa em que confiamos um segredo, para quem contamos nossa felicidade ou para quem contamos nossos planos também tem outra pessoa a quem confiar, que tem outra pessoa e assim por diante. Não temos controle a respeito de até onde nossa mensagem chegará e pode ser que ela vá parar em não tão boas mãos. E não é por mal, mas acontece mesmo.

Ela teve um plano novo e quando estava prestes a contar ao seu amigo de confiança, algo a freou e começou a pensar nas pessoas de sua rotina, algumas tão discretas que parecem um mistério e outras tão escancaradas que ela já conhecia detalhes mais íntimos de suas vidas... Então resolveu propor-se um desafio e um experimento: um voto de silêncio e manter um plano em segredo, sem segundas opiniões ou interferências, fazer tudo de acordo com sua própria vontade e contar o resultado só no final, caso necessário.

Sei que a vontade e contar a felicidade aos quatro cantos, mas quanto mais se espalha o perfume, mais rápido ele acaba. Ao invés de contar a felicidade, vamos experimentar vivê-la em silêncio.

Felicidade é só questão de ser.




segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Eu, estrada.



Lá estava a estrada, um caminho longo pela frente, cheia de coisas para serem vistas.
Lá estava o andarilho, com os pés calejados de tanto andar por aí, descansando de mais uma caminhada em antigos caminhos. 

Por um acaso, os dois se encontraram. E o andarilho resolveu começar a andar por aquela estrada nova apenas para ver como era.
E se viu deixando pegadas e rastros, marcas e perfumes pelo caminho. 
Descobriu que o caminho era feliz, próspero, bonito, promissor, puro de vitalidade e liberdade, "impossível existir estrada mais perfeita!" Mas a vida não é completamente perfeita como queremos (e nem deve ser), e a estrada tinha apenas um obstáculo... lá na frente.. um desafio para quem quisesse continuar nela. Tratava-se de um buraco que deveria ser atravessado, saltado, superado. O andarilho não teve coragem de enfrentá-lo, ou ao menos não conhecia a coragem que poderia ter, então mudou de estrada.
A nova estrada, com uma belíssima placa de boas vindas, mas um caminho por inteiro cheio de pedras, rodeado por penhascos, longas subidas e pequenas descidas que nem ao menos serviam para descansar. O andarilho quase caiu diversas vezes em seus barrancos, tropeçou outras inúmeras em suas pedras. A velha estrada tentou emprestar uma ponte "saia daí, esse caminho não vai te levar a lugar nenhum!", o andarilho recusou "Não, vou tentar mais um pouco!". A velha estrada, abandonada então, resolveu mudar seu curso e foi para outro canto. 
O andarilho, cansado de tropeçar e andar sem rumo, lembrou-se do quanto era bom caminhar pela antiga estrada, e percebeu então que estava longe demais daquela que o levaria a um caminho feliz. Tentou pegar um atalho para voltar, lhe jurou que esperaria o buraco ser tapado ou que tentaria construir uma ponte para atravessá-lo, mas cada vez que o andarilho se reaproximava, a estrada ia para mais longe. Não acreditava mais no andarilho, não acreditava mais nessas pessoas que viviam pulando de esquina em esquina, que deixavam seu perfume pelo caminho e quando menos se esperasse, desapareciam em busca de novos caminhos, e quando menos se esperasse novamente, apareciam misteriosamente para continuar sua caminhada como se nada tivesse acontecido, não era o primeiro andarilho que o fazia, mas ela queria que fosse o último. 
O andarilho disse então do quanto sentia falta de caminhar calmamente por aquele asfalto perfeito, aquele caminho agradável e tranquilo, esperaria o tempo que fosse para que a antiga estrada reabrisse as portas. Isso fazia com que a estrada ganhasse um caminho ainda mais longe do andarilho. 
A promessa do andarilho, não durou poucos meses e tão logo e cheio de impulso como tudo em sua vida, ele encontrou uma nova estrada para andar. E simplesmente esqueceu daquela antiga estrada pela qual prometeu esperar eternamente. E quem garante ate quando ele ficará nesse novo caminho? Andarilhos são sempre tão imprevisíveis e a velha estrada estava agora de portas abertas para aquele que quisesse caminhar por ela, parar em um de seus acostamentos, sentar ali e assistir com ela a um tranquilo por do sol antes de superar seu único obstáculo e encontrar com ela o tesouro da felicidade em seu horizonte. Será que haverá um bravo homem capaz ou estas trilhas estão cheias de andarilhos buscando por aventura e novidade?



quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Três coisas que aprendi sobre o amor.

Não, nada de definições ou um poema bonito, só três ideias que construí ao longo do tempo. Estava pensando sobre isso e coincidentemente hoje vi a imagem com a frase que aparece depois do texto no meu Facebook, então achei que devia escrever mesmo. :)


Durante um bom e há até pouco tempo, eu era das que acreditava que o amor só acontecia uma vez na vida. Que meu namoro não deu certo porque era apenas paixão e o amor ainda estaria por vir.

Mas passando os anos, vi que o amor é um sentimento muito gostoso de sentir e que não há problema nenhum em senti-lo mais de uma vez durante a vida. E um amor não desmerece o outro. Meu namoro deu certo sim por um bom tempo e foi um amor muito puro e juvenil, mas que não me impede de sentir outro amor mais maduro e consciente. São amores diferentes, mas são todos amores. 
Não vejo mais o amor como um sentimento eterno, pois o “sentir” não dura para sempre. Quando eu era criança, sentia medo do escuro e não podia dormir com as luzes apagadas, cresci e o sentimento do medo do escuro passou, mas nasceu de novo quando quase me afoguei na aula de natação, e passou novamente, e renasceu em outro momento... o amor também pode passar, e nascer de novo...Normal.

Por conta das filosofias de algumas pessoas que conheci (que eu estava escrevendo, mas estava ficando muito longo para explicar, então fica para a próxima rs), também aprendi hoje que o amor (especificamente falando de um casal) deve ser livre, que o amor exige também espaço e às vezes até um tempo sozinho, que o “você nasceu para mim” não existe, as pessoas nasceram para viver e ponto, ninguém é dono de ninguém, isso objetifica as pessoas e não somos pertences pessoais. O encontro de dois seres serve para que eles permitam que um faça parte da vida do outro, caso isso os façam felizes; serve para que eles compartilhem suas vidas um com o outro e desfrutem de bons momentos juntos com o que cada um tem de melhor, e que, se necessário, ajudem um ao outro a passar por dificuldades que aparecem, oferecendo o que se tem de melhor também. Que cada um tem sua vida, seus momentos, suas manias e que é necessário que cada um viva independente do outro (claro, com respeito, carinho, preocupação, etc, não preciso falar né? Espero que não), isso provoca saudades, faz termos novidades para contar, faz termos vontade de contar essas novidades, e nos faz procurar o outro porque realmente temos vontade de estarmos ali com aquela pessoa, não por obrigação, e assim é muito mais gostoso. Se existe respeito e confiança, qual o problema em ir até uma reunião de amigos um dia? Se não existe respeito e confiança, a pessoa dará um jeito de encontrar um escape mesmo que você fique 24 horas do dia junto dela, sério! A propósito, as experiências de alguns amigos me mostraram que isso acontece principalmente se você ficar 24 horas junto da pessoa. Hehehe.

Por fim, a última coisa que aprendi sobre o amor: Quando se ama alguém não significa que exista um desejo carnal sobre ela, amigos se amam e está resolvido, amigos se amam e eles podem continuar sendo simplesmente amigos, o amor é muito grande pra se resumir só a um relacionamento conjugal ou fraterno. Amar alguém e ter um desejo carnal sobre ela também não significa que você está assumindo imediatamente o compromisso de casar e ter filhos, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da sua vida. É possível ter amor a alguém com quem você se relaciona unicamente pelo o que ela representa e traz de bom à sua vida, é possível amar e esperar que as coisas se encaminhem e aconteçam naturalmente. Aliás, saber esperar o momento do outro e respeitar os sentimentos (ou a falta deles) é um gesto de amor.


Amor é muito grande e abrangente para ser definido, julgado, rotulado e principalmente justificado. É também muito bom para ser sentido somente uma vez, pode ser sentido várias vezes pela mesma pessoa, ou em vários períodos da vida por pessoas diferentes, ou de várias formas diferentes durante o mesmo momento. O que importa é que ele seja vivido, sentido, respeitado e (tomara que) compartilhado!


P.S.: Se quiserem uma inspiração, podem ler ouvindo essa música. Revisei o texto ouvindo-a no "repeat" e foi muito gostoso! hahahaha (estou deveras viciada nela, confesso).



quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Eu mereço!

“Você ainda vai ter tudo o que merece.”
“A gente colhe o que a gente planta.”
“O mundo dá voltas.”
Etc.,
Etc.,

Posso apostar que não existe alguém que nunca tenha ouvido uma frase destas quando precisava superar algo, ou dito para consolar um amigo.
Só que muitas vezes, da mesma forma que esse tipo de coisa sai da boca para fora por quem diz, ele entra por um ouvido e sai pelo outro por quem escuta.
Quem realmente leva a sério quando escuta isso? Pois acho que deveria.
Uma vez escrevi que relacionamentos são feitos de troca, e não existe relacionamento mais intenso e complexo que o nosso próprio relacionamento com a vida. Então, creio sim que fazer o bem, me trará o bem. Mesmo que seja só uma ilusão, também não ganharia nada fazendo o mal, então continuemos assim. Se você bater em alguém, o instinto natural pode levar este alguém a reagir te batendo também. Se você abraçar alguém, o instinto natural pode levar a pessoa a te abraçar de volta.
Claro que não é regra, pode acontecer de abraçarmos as pessoas e ela nos dar as costas, mas não é motivo para pararmos de abraçar. Acredito que no tempo certo, virão nossos abraços de volta. Assim como o soco que você deu em alguém que simplesmente se defendeu, um dia também voltará.
Essa matéria curiosa mostra mais ou menos o que eu quero dizer. Não sei se é realmente verdade e fiel e até que ponto isso quer dizer alguma coisa, mas é no mínimo curioso: http://www.hypeness.com.br/2014/01/cientista-faz-experimentos-com-agua-pra-provar-que-o-pensamento-influencia-a-nossa-vida/

Durante alguns momentos, diante de algumas decepções pensei que a vida era injusta, que não valesse a pena continuar fazendo as coisas de coração puro, se só recebia decepção atrás de decepção e via tanta gente de má índole com aparências tão felizes.
No determinado momento que refiz minha cabeça e passei a enxergar as decepções como aprendizados para minha própria evolução, consegui analisá-las mais friamente e notar as coisas boas que eu merecia por ser quem eu fui/sou. E assim, aprendi a esperar e administrar as coisas boas que acontecem com os pés no chão, sem deixar de aproveitá-las.
Acho válido, parar um instante, repensar nas nossas ações passadas, relembrar das coisas vividas, de situações em que nos machucaram gratuitamente. E quando a recompensa vir, se surgir a dúvida de “Será que eu mereço isso?” a resposta aparecerá automaticamente “Mereço sim!”.


Eu sei que mereço coisas maravilhosas, e não vou me permitir aceitar menos que isso. 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Não faça para si, o que não quer para si.

Sempre fui adepta, fiel credora do que diz “Não faça com o outro o que não quer para si mesmo”, mas infelizmente, não é sempre que dá para pensar assim.
Infelizmente mesmo, pois o certo é fazer o bem por fazer, não por esperar algo em troca. Mas não são todas as pessoas que são adeptas do ditado. Inclusive a pessoa por quem você pode estar fazendo o bem agora.
Qualquer relacionamento é feito de troca, seja ele homem e mulher, pai e filho, entre amigos, entre você e seu cachorro ou entre você e seu pé-de-feijão no copinho com algodão. Doamos o nosso melhor e a nossa energia, se o outro lado não nos doa de volta, enfraquecemos naturalmente e cada vez mais. Como cavar um poço e não encontrar a água.
Na minha mente sonhadora e até um pouco inocente, quando alguém nos faz algo ruim e sentimos na pele o quanto é ruim, não deveríamos fazer o mesmo com outra pessoa.
Por isso, sempre soube perdoar, aceitar e me esforçar para manter minhas relações as mais pacíficas possíveis. Mas então descobri que nem sempre o pacífico é saudável. Saudável para mim.

Por já ter provado o sabor do desprezo, escanteio, segundo plano, procurei sempre acolher a todas as pessoas, mesmo depois delas já terem me machucado ou prejudicado de alguma forma. Perdoei todas.

Mas às vezes, parece que é necessário ser um pouco egoísta, olhar para si, descobrir o que e o quanto você merece da vida e das pessoas e tratar as pessoas da mesma forma que elas nos tratam. Estou aprendendo que perdoar nem sempre é a melhor coisa a fazer, às vezes, as pessoas que nos machucam só poderão entender realmente o que fizeram de errado, quando elas sentirem na pele o sabor amargo da dor. Infelizmente. E se perdoarmos sempre tudo e todos, nunca daremos a chance de que entendam o mal que um dia nos fizeram, e pior ainda, não aprenderão a mudar e tornarem-se melhores para que isso não se repita com outras pessoas e o ciclo de erros continuará acontecendo.

Não se trata de vingança ou de guardar rancor, mas trata-se de pensarmos em nós primeiro e não aceitar que nos tratem da forma que não merecemos. Trata-se de nos amar, nos respeitar e transmitir isso para sejamos amados e respeitados pelo nosso entorno. Então, não trato mais os outros da forma que eu desejo ser tratada. Me trato da forma que eu sei que mereço ser tratada, e os outros naturalmente notarão isso e me tratarão da mesma forma.


Obrigada às pessoas que nos amam, que enxergam melhor as coisas do lado de fora e que sabem o que nos faz feliz para nos ajudar a entender o que não nos faz. 

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Caixa





Dentro de todo o seu diâmetro, um mundo novo talvez.
Ou talvez nada, um vazio perturbador.
A caixa embala cuidadosamente tudo aquilo que eu quero te dar.
Pode guardar todo o meu amor que começa a aflorar naquela maravilhosa fase de descobertas, guardado cuidadosamente para que tudo continue intacto e fortalecido.
Pode guardar as memórias e dores de um romance passado, das tuas coisas que ficaram aqui, guardadas cuidadosamente em respeito aos dias compartilhados.
Todo o nosso sentimento a ser transmitido fica ali, guardado, embalado e fechado para que, quando ela for aberta pelo destinatário, tudo o que sentimos possa chegar ao seu destino.

Abri várias caixas e pacotes cheios de carinho e amor. Cada sentimento ali guardado, invadiu meu coração e acarinhou minha alma.
Ganhei a solidificação de uma amizade longa e verdadeira, o amor fraterno da minha família, a alegria da amizade recente que se fortalece cada vez mais, e o aconchego de um sentimento maravilhoso que anda transbordando meu coração e faz doer só de pensar, parece que não cabe.

Tudo isso só me faz pensar que fiz algumas decisões certas na vida, que escolhi as melhores pessoas para andar ao meu lado, e quero retribuir tudo à elas, em lindas caixas de amor.
Obrigada!!!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Problemas?

Assim como o café da manhã, os problemas estão sempre ali, na vida de qualquer pessoa, escondidos dentro do açucareiro. Mas por que parece que algumas pessoas simplesmente não os têm?


Ora, claro que têm, todos têm problemas, eu mesma já tive vários e continuo os tendo. A diferença é a importância que se dá a eles. Um problema pode triplicar de tamanho se você o tratar assim, bem como pode naturalmente sumir se você o deixar de lado. Problemas são estressantes por natureza, se você se estressar mais, trará mais problemas, que trará mais estresse, que... 

Tento ser a companhia mais agradável possível, a companhia que eu gostaria de ter de alguém, alguém agradável para mim mesma e consequentemente para os outros.
Quando saímos de casa para encontrar alguém que gostamos, seja lá qual for o nosso grau de relação, vamos dispostos a nos sentir bem com elas. Ser recebido por uma cara fechada joga no lixo toda a motivação que tínhamos para encontrar quem quer que seja.
Não é justo alguém sair de casa ao nosso encontro e recebermo-la com reclamações, problemas, blá, blá, blá e mais blá. Amigos e companheiros são para todas as horas, me sinto a pessoa mais contente do mundo quando sei que posso ser útil para ajudar alguém, nem que seja só ouvindo. Mas tudo tem limite, amigos estão conosco para nos ajudar, mas não para depositarmos todos os nossos problemas. Tanto o bom quanto o mau humor contagiam, que o bom humor das pessoas ao nosso redor nos contagie então ao invés do contrário.

Ser uma pessoa negativa, atrairá negatividade e principalmente, afastará as pessoas positivas. As relações são feitas de troca. As pessoas lhe oferecerão algo, se você tiver algo para oferecer, nem que seja um sorriso.
Nessa vida, aprendi algumas coisas, uma delas é que reclamar não resolve. Outra coisa é que gente mau humorada não é atraente. 

Experimente sair de casa e deixar os problemas embaixo do colchão, ao menos uma vez. Receber a vida de coração, mente e braços abertos. Não é clichê que quando sorrimos para a vida, ela nos sorri de volta. E quando a vida sorri para nós, fica muito mais fácil respirarmos fundo e lidar com qualquer situação difícil.

Meu bom humor para encarar os problemas vem das pessoas incríveis que tenho ao meu lado e não me deixam pensar neles. Vem dos braços abertos para o que a vida pode oferecer, e principalmente, vem da prioridade que dou para as coisas. Existem pessoas e momentos que merecem muito mais da nossa atenção do que pequenos problemas que tentam estragar nosso dia.

Hoje é segunda-feira, estou com problemas burocráticos e de relacionamento no trabalho, esqueci o vale transporte em casa e estou pagando tudo com o meu dinheiro. Mas tive um fim de semana tão especial, que já me esqueci de tudo isso. 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Se por um dia.

Se por um dia eu só tivesse o sentido do tato, amaciaria minhas mãos para delicadamente desenhar-te com a ponta dos meus dedos. Repousaria minhas mãos sobre a maciez de teus cabelos, transmitindo as emoções pelas terminações nervosas dos meus dedos ao teu cérebro.
Desceria pela curva suave que leva do nariz até às bochechas chegando à sedução dos teus lábios.
Nos teus ombros, minhas mãos desceriam e os apertariam na tentativa de aliviar a tensão, caminhando pela virilidade de teu peito, onde elas tentariam encontrar o pulso do teu coração, e pela vitalidade de teus braços. E na força de tuas mãos, minhas mãos descansariam, trocando calor e energia. Se por um dia eu só pudesse tocar-te.



Mas se ao invés disso, só tivesse meu paladar por um dia. Então tocar-te-ia pela minha boca, a ponta da minha língua contornaria o labirinto de tuas orelhas, meus beijos provariam o gosto da sua pele e a sensibilidade dos meus lábios sentiria o sabor dos teus.




 Caso então, por um dia eu só pudesse falar, então meus lábios cobrir-te-iam de beijos e minha boca sussurraria aos seus ouvidos todos os meus desejos.



Se somente pudesse ouvir? Então apenas apreciaria a melodia da tua voz e responderia através dos meus sorrisos, caras, bocas, gestos e toques.



Se por um dia só pudesse enxergar, então apenas te observaria, apreciaria cada movimento e procuraria todas as respostas às minhas angústias na verdade dos teus olhos.




Devo ser então, a pessoa de mais sorte nessa vida, pois hoje tendo todos os meus sentidos aflorados e em perfeito funcionamento, posso assim transmitir-te todas as minhas emoções e desejar-te através de todos os meus sentidos, um pouquinho por cada um. 

terça-feira, 24 de junho de 2014

Let's just breathe.

Respirar é movimento mais natural do nosso corpo, tão natural que às vezes nem percebemos que estamos respirando, mais difícil ainda é perceber que esse gesto acompanha todos os nossos sentimentos, todas as nossas sensações, todos os nossos movimentos.



No início, existiu uma respiração forte, rápida, quente, intensa, como se em meio ao ar, pequenas faíscas de fogo fossem liberadas, praticamente um dragão. Corria raiva pelas veias e frustração nos pulmões.
Em seguida, a respiração tornou-se difícil, em meio aos soluços, aquela que quase não acontece, onde se inspira o ar constantemente e expira-se quase como num tiro. Aos poucos tossindo a tristeza que enchia de dor o peito.
Os dias passam e reaprendemos a respirar, a inspirar o ar com calma e a expirar gentilmente. E com essa calma, surgem ares novos nos convidando a prová-los.
Respirando calmamente, até que o ar de repente muda; surge um estalo, a respiração acelera e torna-se mais profunda e... poxa vida, acho que quero voar nessa brisa gostosa que estou sentindo!
A partir daí inspirações longas e fundas, expirações sonoras e aquecidas, quase uma melodia, tão leves a ponto de acariciar a pele onde o ar encosta, e a delícia de perceber que há mais uma melodia ali, dançando com a sua, criando um som e atmosfera únicos produzidos por essa combinação incrível. É a ofegância da paixão.
E quando parece que os pulmões não darão conta, falta o ar... na realidade, por um momento parece que falta tudo, falta o ar, falta o chão, o tempo para, deliciosamente desacordamos.
E lentamente voltamos a respirar. Ali naquela atmosfera única criada, a respiração fica pesada, profunda, lenta... ela está se recuperando de uma grande emoção, preparando-se para descansar.
O tempo passa, a respiração dói, diminui e sai em forma de suspiro. Um suspiro de saudade.
Até que a respiração volta a acelerar, quase ofegante. É isso, finalmente chegou a hora de entrelaçarmos nossa respiração novamente! Vamos juntos criar nossa própria atmosfera...

A vida é simples e as respostas estão nas coisas mais naturais dela. Apenas ouça sua respiração. 


“Stay with me...
...let’s just breathe.”


sexta-feira, 20 de junho de 2014

A riqueza da simplicidade.

Uma das cores que colorem a vida é descobrir a riqueza na simplicidade. A delícia de sorrir olhando para um papel de bala e ninguém ao seu redor entender nada, por não saber toda a história por trás de algo que qualquer outra pessoa jogaria no lixo.
Saber que às vezes é muito melhor cancelar aquela reserva no restaurante, onde haveria uma mesa e 3 tipos de talheres e taças separando vocês dois e comprar um saco de Ruffles, sentar no sofá e ficar muito mais perto.
Ou sentir que, mais importante que o presente que aquele seu amigo de anos te deu, é o cartão que vem junto, feito à mão e escrito com carinho.
Em um mundo onde tudo é comprado, onde tudo custa (e cada vez mais caro) e tudo é cada vez mais sobretaxado, muitas pessoas esquecem-se do valor dos gestos, das coisas simples, dos abraços. Os poucos que valorizam esse tipo de coisa sabem que estes simples gestos guardam dentro deles momentos muito mais felizes e sensações muito mais grandiosas que não podem ser comprados.
Ouço muitas pessoas dizendo que isso é besteira, que “ninguém vive de amor”, que “abraço não enche barriga”, mas essas pessoas esquecem-se de pensar que ninguém vive de bolsas e sapatos e que uma bala dada com carinho pode não encher tanto a barriga quanto um jantar de 3 pratos refinados com sobremesa enquanto cada um está em seu celular, mas com certeza, essa bala dada com carinho encherá o coração.


segunda-feira, 16 de junho de 2014

Sobre medos e palavras engasgadas.

Tantos pensamentos rondando minha mente.
Tantas emoções rondando meu coração.
Tantas sensações rondando meu corpo.
Que fico olhando para o papel em branco sem nem saber por onde começar.
Mas é tanta coisa a dizer.
Sinto as palavras enroscando na minha garganta.
Às vezes parece que vão me enforcar.
Parecem querer explodir.
Mas eu não sei.
Perdi o jeito.
Só não perdi o medo.
Que desgraça esse tal de medo!
De não saber se posso explodir,
Ou se deixo me sufocarem um pouco mais.
Ou das pragas que chegam por mensagem torcendo contra.
Essa desgraça que quer cobrir toda a minha transparência.
Quantas coisas maravilhosas talvez já tenhamos deixado de viver por causa do medo de arriscar?
Olho para trás e penso agora que muitas coisas podem ter dado errado, por medo meu de tentarem fazê-las darem certo.
E o medo não combina com a coragem que o mundo tanto me diz ter.
Então aos poucos esse tal de medo se vai.
Tem muita coisa boa dentro de mim agora e não tem sobrado espaço pra esse tipo de sentimento.

E a intensidade da torcida contra, faz com que acabe dando certo na mesma proporção. 
Se foi. 


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Enamore-se!

Ame-se, beije-se, abrace-se, agrade-se, acarinhe-se, compre-se um presente! Um não, dois! Três! Quantos merecer!
Quanto desamor estas pessoas sofrem, de acharem que a felicidade está 100% em outra pessoa. De depender que exista outro alguém para que haja um motivo para levantarmos e colocar nossa melhor roupa, de sair na rua com um sorriso no rosto. Não!

Pessoas vivem em casulos esperando o amor aparecer de fora pra dentro para tirá-las de seu refúgio e esquecem-se de encontra-lo em si mesmas. E aí o amor de fora não vem, pessoas ficam frustradas e amam-se ainda menos, mostram-se para a sociedade com uma cara fechada e um tom infeliz, fechando a porta para qualquer sentimento bom que queira bater.  

Ame-se. Use tudo o que lhe fizer bem, arrume-se sem motivo, olhe no espelho e veja toda a beleza que existe dentro de você. E aí sim mostre ela para que o mundo veja o que está perdendo.
Beije-se com amor. Leve os dedos até a boca e sinta a maciez que ela tem, assim você saberá reconhecer um beijo de amor quando ele vier e saberá dar-lhe o amor que o seu beijo tem.
Abrace-se carinhosamente. Dentro de um corpo que se ama, existe todo o calor vital necessário, e involuntariamente alguém se sentirá atraído a aconchegar-se no seu calor. É natural!
Agrade-se. Se dê um presente porque simplesmente você é demais e o merece. Se comer uma torre de sorvete o fizer feliz, coma-a. Se largar tudo e ir embora  for sua vontade agora, largue. Sorria e espalhe sua felicidade. Ninguém paga sua felicidade, então faça sem culpa e sem medo de ser feliz. 
Acarinhe-se. Em dias que o sono não vier, se permita fazer um cafuné leve e sinta a tensão aliviar.

Não são todos que conseguem notar a diferença que a vida faz quando começamos a nos amar primeiro. O amor de fora pra dentro só vem quando nos amamos de dentro pra fora primeiro. Parece clichê, mas só quem ama a si mesmo sabe a veracidade que isso tem.


Enamore-se! Sinta-se feliz por ser quem você é e o que tiver que ser atraído, será. Enamore-se e assim o mundo irá enamorar-te também. Não importa se és solteiro, casado ou se já tenha desistido alguma vez. Enamore-se sempre, espalhe seu perfume e tenha uma vida cercada de amor. Feliz dia dos namorados!


segunda-feira, 26 de maio de 2014

O Plano Perfeito Desfeito e Refeito

Quem é que pode dizer que nossos planos são mesmo como nos foi planejado pela vida e quem pode dizer que não são?

A cada instante planejando um futuro novo, esquecendo que o presente vem para nos replanejar.
Agora cá estou, fora de plano, planando, esvoaçando, repensando os meus planos.
Planos que são feitos para serem desfeitos e dão lugar a novos planos. 
Nenhum plano deixado de lado, mas talvez um pouco modificados para que novos planos possam ser acrescentados na lista.

Nossos planos são como linhas que desenhamos, no meio do caminho aparece uma curva, um looping, ou alguma outra linha, desenhada por uma pessoa qualquer, cruzando com a sua, também de forma totalmente não planejada. E essa é a beleza e a delícia de uma vida.

Meus planos todos dando errado, de uma forma assustadoramente certa e perfeita. O plano perfeito todo sendo desfeito e refeito. Resolvi então apagar todo o meu plano, deixar meu lápis desenhar minha linha livremente, dia após dia, crendo que nada é impossível. Posso criar um lindo desenho com a linha que quiser cruzar com a minha, posso continuar desenhando minhas curvas sozinha, posso fazer tudo o que a vida me levar a fazer, vou desenhar pelas folhas que me parecerem mais floridas até construir meu livro de final feliz. Quer fazer parte do meu plano?




“Heaven sent Hell away.
All my life
As a dream
With open eyes
I’ll restart…”


quinta-feira, 24 de abril de 2014

PoliValente

Trago hoje um atestado de óbito. Morreu a menina doce, frágil como uma rosa na neve, insegura e sem esperança.


Ela estava lá totalmente vulnerável, completamente maleável... até que se abriu uma porta e surgiu uma mão, uma não, duas mãos quentes, grandes e firmes a convidando segurar nestas mãos e voar com elas em um mundo perfeito, assim como um pássaro, em um mundo perfeito de amor e liberdade, pois ninguém podia cobrir o céu aberto.

- Que besteira, quem você pensa que é para me levar do meu conforto para um mundo totalmente desconhecido? 

Esqueceu-se da história e voltou para seu sofá ultrapassado, inseguro e perdido. A porta abriu de novo, as mesmas mãos vieram “não pense que me esqueci de você”.

- Ora, se voltou é porque realmente pode ser que eu esteja perdendo algo. 

Ela deu uma volta, e não achou ruim. Ali era o ponto em que ela se abria para um mundo totalmente livre, colorido e experimental. Conheceu sentimentos e sensações que talvez estivessem sempre ali adormecidas, mas que não haviam encontrado espaço para se libertarem em um meio tão careta, em um lar tão conservador, no meio de tanta gente igual.
Começaram a surgir ideias naturais para colorir ainda mais a vida, como se realmente tudo isso já estivesse dentro dela o tempo todo.

Com o passar do tempo, somente evolução, somente experiências, somente aprendizado.
Primeiro, em alguns flashes, aprendeu a descobrir a mulher que existia nela, em toda sua sensualidade e poder, e ficou apaixonada, e abandonava as roupas dentro do seu casulo para poder se admirar um pouco mais. Gostou do que viu, quis melhorar, correu atrás, melhorou e se apaixonou ainda mais, se desejava. Aquela paixão trouxe confiança, trouxe segurança, que transbordou para o universo e, independente de qualquer roupa ou penteado que estivesse usando, alguém notava sua felicidade exalante.  Quando você se apaixona por si mesmo, com fogo, com fervor, esse amor é capaz de fazer transformações incríveis em você.

Aprendeu em seguida a fortalecer-se, passar por situações inusitadas e não abalar-se por conta de tanto amor-próprio dentro de si. Se algo aconteceu, criou a sensação de que era porque precisava acontecer, e abriu seu coração para absorver somente coisas positivas de tudo que acontecesse. Aprendeu por onde pisar, a parar de torturar-se. Se algo não lhe faz bem, por que fazer? Se algo vai lhe deixar feliz, porque não fazer? De repente viu que tanta coisa que sempre a vida toda, simplesmente não fazia sentido nenhum. 

Aprendeu a perdoar e a desprender-se de antigos rancores. Aprendeu a olhar sempre pra frente. 

E depois de toda essa descoberta interna, resolveu mostrar-se para o mundo, e o mundo  enxergou-a, começaram a conversar. Ela admirou o mundo e o mundo a admirava, enfim era admirada.

Provou sensações novas, sensações duplas, triplas, quádruplas, desconhecidas, inesperadas. Todas deliciosas. E se saiu bem e feliz em todas elas. Não tenho mais dúvida nenhuma que aquilo tudo já estava dentro dela por todo esse tempo de fato.

Queria mesmo era mostrar esse novo mundo para todo mundo que gostava, contar o quanto é legal, o quanto lhe faz bem. Aos poucos está perdendo o receio, a vergonha e o juízo.

E talvez hoje, tenha descoberto o amor. Descobriu que o amor está em todas as partes, que compartilhar amor não é somente através de uma relação carnal, que pode ser perto, longe ou até mesmo com gente que você nem conheça. Sempre haverá alguém para te dar um pouco de amor quando você precisar. 

Agora surge uma certidão de nascimento, de uma mulher, mulher mesmo, feliz. Claro que problemas e alguma insegurança ou outra sempre aparecem, mas aprendeu a controlar com seu próprio amor. Pula, canta, roda, no meio da rua. Faz o que quiser, com quem quiser, quando quiser, do jeito que quiser. É leve e capaz de tudo.

Pobre da pessoa que não se descobre, que não se mostra ao mundo, quem não se ama, não se deseja. Quem não se abre para descobrir todas as possibilidades deste mundo. Se não for capaz ou valente para isso, que pena... Mas só não seja mais pobre de prejulgar, de rotular, de interferir, de encher o saco. Se cada pessoa nesse mundo for feliz à sua maneira, sem julgar a felicidade do outro. O mundo perfeito seria possível para todos. 







sexta-feira, 7 de março de 2014

Às vezes faz bem chorar

Quando a alma não consegue mais flutuar,
Quando o coração começa a doer,
E o corpo passa a se encolher.
É preciso liberar toda a tensão, toda a amargura e tristeza que se juntam pelo nosso corpo e saltam pela janela da nossa alma. Esconder-se e chorar e pensar e mergulhar em uma melancólica canção.
Guardar todas essas emoções pode nos deixar doentes, nos afogar em um sentimento de tristeza, então liberte-se!
Engana-se quem pensa que as lágrimas são sinal de fraqueza. É que as vezes o nosso coração está carregado demais para sorrir, então é preciso chorar e liberar espaço para a alegria entrar.
Chorar é limpar a alma, colocar para fora tudo o que faz mal e assim, abrir os braços para um novo capítulo que está a começar.

"E nas velhas fotos procurar
Amores e amigos tão queridos
Os olhos embaçados deslizar
Recordar saudoso o que perdido

Quero recordar aquela velha casa
Quantas flores no meu jardim
Quero recordar...
Não importam essas lágrimas
Às vezes faz bem chorar"

Clara Nunes - Às vezes faz bem chorar.